Unidade: Reprodução Humana e Manipulação da Fertilidade
Assunto: Adiar a maternidade pode tornar-se um problema
Resumo: Com a agitação e competição da vida moderna, as mulheres têm alterado suas prioridades. Se antes o plano principal consistia em encontrar o pretendente ideal, constituir e cuidar da família, atualmente a formação e a carreira profissional têm ocupado o topo da lista de prioridades das mulheres na atualidade.
De acordo com dados do IBGE, que mapeou a evolução populacional brasileira, atualmente a idade média em que as mulheres têm o primeiro filho é 25 anos. Em 2020, o índice deverá subir para 28 anos e, em 2030, para 29,3.
Fonte: Texto publicado no Jornal DCI – 11/08/2014
Em 2012, os serviços de reprodução assistida produziram 93.320 embriões em estágio de divisão celular e realizaram 21.074 ciclos de fertilização in vitro, com um total de 34.964 embriões transferidos para o útero das mulheres. Por serem considerados inviáveis, 25.984 embriões não foram utilizados.
Temos expertise e tecnologia compatível aos melhores centros médicos do Mundo. Por isso constantemente é importante manter contato com os principais congressos internacionais da área para intercâmbio de informações com toda a comunidade científica.
Após concluirmos estudos acadêmicos na Universidade de Tóquio, voltamos ao Brasil e participamos do Centro de Planejamento Familiar São Paulo, liderado pelo professor doutor Milton Nakamura (in memoriam), um dos papas da área. Foi lá que toda a equipe pode presenciar em 1984 o nascimento de Ana Paula Caldeira, o primeiro bebê de proveta do Brasil. Na época foi uma revolução. E toda novidade aguça a curiosidade de toda a comunidade.
Há 36 anos nascia Louise Brown, o primeiro bebê de proveta da humanidade. Seu nascimento, na madrugada de 25 de julho de 1978, causou muito alvoroço no Hospital Geral de Oldham, perto de Manchester, Inglaterra, e na comunidade científica. O que até então parecia impossível acabara de se tornar realidade. Com um bloqueio nas trompas, sua mãe, Leslie Brown, só conseguiu engravidar quando encontrou o embriologista Robert Edwards e o ginecologista Patrick Steptoe. Foram necessárias pelo menos 50 tentativas até que vingasse o embrião que viria a ser Louise Brown.
Participamos do ESHRE – European Society of Human Reproducion and Embryology, realizado em Munique. O encontro é considerado o principal evento europeu do setor. Com isso, muitas novidades da área acabam refletindo como benefícios para a nossa sociedade.
Mas ninguém muda o relógio biológico. Aconselho a não deixar para mais tarde a maternidade. Quem tem parceiro estável e condições de criar uma nova vida faça enquanto é tempo.
Não podemos esquecer que a criança também tem o direito de contar com pais jovens e com plena saúde.
Nossa missão é levar a informação correta para todos. Explicar que a medicina moderna pode ajudar, mas não existe milagre.