domingo, 23 de novembro de 2014

Adiar a maternidade pode se tornar um problema

Ficha de leitura nº 2

Unidade: Reprodução Humana e Manipulação da Fertilidade
Assunto: Adiar a maternidade pode tornar-se um problema
Resumo: Com a agitação e competição da vida moderna, as mulheres têm alterado suas prioridades. Se antes o plano principal consistia em encontrar o pretendente ideal, constituir e cuidar da família, atualmente a formação e a carreira profissional têm ocupado o topo da lista de prioridades das mulheres na atualidade.
De acordo com dados do IBGE, que mapeou a evolução populacional brasileira, atualmente a idade média em que as mulheres têm o primeiro filho é 25 anos. Em 2020, o índice deverá subir para 28 anos e, em 2030, para 29,3.
Fonte: Texto publicado no Jornal DCI – 11/08/2014

Adiar a maternidade pode se tornar um problemaEm 2012, os serviços de reprodução assistida produziram 93.320 embriões em estágio de divisão celular e realizaram 21.074 ciclos de fertilização in vitro, com um total de 34.964 embriões transferidos para o útero das mulheres. Por serem considerados inviáveis, 25.984 embriões não foram utilizados.
Temos expertise e tecnologia compatível aos melhores centros médicos do Mundo. Por isso constantemente é importante manter contato com os principais congressos internacionais da área para intercâmbio de informações com toda a comunidade científica.
Após concluirmos estudos acadêmicos na Universidade de Tóquio, voltamos ao Brasil e participamos do Centro de Planejamento Familiar São Paulo, liderado pelo professor doutor Milton Nakamura (in memoriam), um dos papas da área. Foi lá que toda a equipe pode presenciar em 1984 o nascimento de Ana Paula Caldeira, o primeiro bebê de proveta do Brasil. Na época foi uma revolução. E toda novidade aguça a curiosidade de toda a comunidade.
Há 36 anos nascia Louise Browno primeiro bebê de proveta da humanidade. Seu nascimento, na madrugada de 25 de julho de 1978, causou muito alvoroço no Hospital Geral de Oldham, perto de Manchester, Inglaterra, e na comunidade científica. O que até então parecia impossível acabara de se tornar realidade. Com um bloqueio nas trompas, sua mãe, Leslie Brown, só conseguiu engravidar quando encontrou o embriologista Robert Edwards e o ginecologista Patrick Steptoe. Foram necessárias pelo menos 50 tentativas até que vingasse o embrião que viria a ser Louise Brown.
Participamos do ESHRE – European Society of Human Reproducion and Embryology, realizado em Munique. O encontro é considerado o principal evento europeu do setor. Com isso, muitas novidades da área acabam refletindo como benefícios para a nossa sociedade.
Mas ninguém muda o relógio biológico. Aconselho a não deixar para mais tarde a maternidade. Quem tem parceiro estável e condições de criar uma nova vida faça enquanto é tempo.
Não podemos esquecer que a criança também tem o direito de contar com pais jovens e com plena saúde.
Nossa missão é levar a informação correta para todos. Explicar que a medicina moderna pode ajudar, mas não existe milagre.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Investigação Relaciona Analgésicos Na Gravidez Com Hiperatividade Infantil

Ficha de Leitura nº1
Unidade: Reprodução Humana e Manipulação da Fertilidade

Assunto: Investigação relaciona analgésicos na gravidez com hiperatividade infantil
Resumo: Um estudo cientifico norte-americano revela haver uma relação entre a toma de analgésicos comuns durante a gravidez e a futura hiperatividade infantil, algo que afecta cerca de 5% das crianças.
Fonte: Revista Visão (online)
Noticia: 
De acordo com uma investigação norte-americana, a toma de analgésicos comuns como o paracetamol, que até ao momento não apresentavam quaisquer contra indicações durante a gestação, poderá estar diretamente relacionado com o risco de desenvolvimento da Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA). 
Especialistas da Universidade da Califórnia e da Universidade de Aharus, na Dinamarca, analisaram os casos de mais 64 mil mulheres e crianças dinamarquesas entre 1996 e 2002. No final de cada trimestre, as grávidas reportavam se tinham tomado paracetamol nos últimos três anos. Mais tarde, quando as crianças já tinham sete anos, os investigadores voltaram a interrogar as mesmas mulheres, fazendo perguntas sobre o seu comportamento, informação que cruzaram com a taxa de pescrição de um medicamento usado para tratar a PHDA.
Conclusão: o uso de paracetamol foi associado a um risco 20% superior de problemas de comportamento, incluindo a Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção
O efeito mais visível foi verificado nos filhos das mulheres que tinham tomado analgésicos ao longo de toda a gravidez, embora as que relataram ter tomado apenas durante uma semana tivessem também um risco acrescido

Link: http://visao.sapo.pt/investigacao-relaciona-analgesicos-na-gravidez-com-hiperatividade-infantil=f771021

terça-feira, 18 de novembro de 2014

VIH esconde-se na medula óssea

Ficha de Leitura Nº 1


Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Conteúdo: Investigação facilita detecção do vírus
Resumo: Investigadores norte-americanos detectaram o método que o vírus da SIDA usa para se esconder e permanecer indetectável, de modo a lançar posteriormente novos ataques.

Segundo um estudo, publicado na Nature Medicine, o VIH permanece latente na medula óssea das pessoas infectadas.

Quando as células imaturas do sangue se tornam adultas, a propagação do vírus é reactivada.

O trabalho pode explicar o porquê dos medicamentos actua contra o vírus apenas funcionam se forem tomados durante toda a vida − quando o tratamento é interrompido, o vírus retorna e expande-se novamente.

A descoberta pode fornecer uma nova maneira de conseguir o que ainda é impossível: erradicar a SIDA.





Kathleen Collins, investigadora principal
“Para curar esta doença temos que desenvolver estratégias específicas contra as células infectadas em estado latente”, explica Kathleen Collins, da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

A investigadora, que dirigiu a investigação, identificou o ‘esconderijo' do HIV em células isoladas de amostras de medula óssea de pessoas infectadas.

Collins e a sua equipa encontraram VIH latente em células progenitoras hematopoéticas (HPC, em inglês).

Tratam-se de células indiferenciadas que gerem todas as variedades que compõem o sangue e o sistema imunológico: o principal objectivo deste vírus.

Estudos anteriores tinham mostrado que um tipo de linfócitos T, uma das células do sistema imunológico, actua como reserva do vírus. No entanto, investigações posteriores demonstravam que isto não poderia explicar por si só o mistério do reaparecimento do VIH.

Vírus indetectável

Os investigadores infectaram as células HPC com o vírus. Algumas morriam mas outras o VIH permanecia latente e indetectável com os medicamentos actuais.

Quando trataram estas células com citocinas (proteínas que as fazem desenvolver-se e converter-se em células maduras), o vírus ficou activo e a sua carga infecciosa multiplicou-se até 12 vezes.

A equipa analisou ainda as HPC extraídas de 15 infectados por VIH. O vírus apareceu nas amostras de seis pacientes que tinham a maior carga viral, mas também em quatro que há seis meses não tinham níveis detectáveis.

“Estas células poderiam manter-se vivas e conservar o VIH latente por um período extenso de tempo”, conclui o estudo.

Imagem do vírus na SIDA

Imagem do vírus na SIDA
Agora há que demonstrar se a reserva actua do mesmo modo em outros pacientes que tomam antivirais e determinar que quantidade de vírus emana dela.

Também será necessário elucidar se a medula óssea é o último ‘esconderijo’ do VIH ou se existem outros recantos onde este se possa esconder.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Estudo revela que produtos usados no dia a dia podem reduzir fertilidade masculina


Ficha de leitura nº1

Unidade: Reprodução humana e manipulação de fertilidade

Conteúdo: Interferência de produtos utilizados no nosso dia-a-dia na produção de espermatozoides

Resumo: Estudos revelam que produtos como pastas de dentes ou detergentes podem contribuir para a infertilidade masculina, devido à presença de "desreguladores endócrinos" que aumentam a quantidade de cálcio presente no esperma.


Fonte: http://thechart.blogs.cnn.com/2014/05/12/common-chemicals-challenge-sperm/
Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, revelaram que cerca de um terço dos produtos químicos “não tóxicos” utilizados no dia a dia podem afetar seriamente a produção de espermatozoides. Ingredientes encontrados em pastas de dente, protetor solar, detergente e alguns plásticos, entre outros, demonstraram interferir diretamente na fertilidade masculina. Mais ainda: o uso combinado de vários itens pode resultar num ‘coquetel antifertilidade’.

De acordo com o professor Niels Skakkebaek, que coordenou os estudos, pela primeira vez foi possível mostrar uma relação direta entre a exposição a determinados químicos presentes em produtos industrializados e comercializados normalmente e seus efeitos adversos na função do esperma. Conhecidos como ‘desreguladores endócrinos’, foram estudados 96 agentes químicos e sua presença no esperma. Essas substâncias acabam entrando no organismo humano através da água, do ar, do contacto com a pele e até por meio de embalagens que armazenam alimentos. São encontradas largamente em alguns pesticidas, medicamentos, produtos de beleza, pastas de dente, tintas etc.

Ainda sobre o estudo dinamarquês, os pesquisadores descobriram que esses desreguladores endócrinos aumentam a quantidade de cálcio encontrada em células de esperma. Já que os íons de cálcio controlam muitas das funções essenciais do esperma, chegaram à conclusão de que, ao alterar o nível de cálcio em uma célula de esperma, isso poderia impactar sua motilidade. Para o especialista brasileiro, além de minuciosa análise seminal, outros testes podem contribuir para o diagnóstico e tratamento da infertilidade – e até mesmo para definir a técnica mais apropriada de reprodução assistida.

sábado, 15 de novembro de 2014

Primeiro nascimento a partir de útero transplantado




Ficha de Leitura Nº1




Unidade de ensino: Reprodução humana e manipulação de fertilidade.

Conteúdo/Assunto: Nascimento a partir de útero transplantado.

Resumo: Uma sueca de 36 anos, deu pela primeira vez de forma bem sucedida à luz um bebé, através de um útero transplantado.
Devido a um problema genético a mulher nasceu sem útero. A dadora do novo útero foi uma mulher de 61 anos que já se encontrava em menopausa há 7.
A mulher tinha os ovários intactos e com capacidade de produzir oócitos. Sendo que alguns destes foram recolhidos e fecundados com espermatozóides do marido através de fecundação in-vitro. Desta fecundação resultarão 11 embriões, 10 foram congelados e 1 foi utilizado no tratamento da fertilidade um ano após o transplante do útero.
Mats Brännström, professor e especialista em ginecologia obstétrica na Universidade de Gotemburgo, Suécia, foi o responsável por todo o procedimento e afirma que apenas foi verificado um problema durante a gravidez que foi tratado com corticóides.
Após 31 semanas de gestação a mulher foi internada no hospital para ser sujeita a uma cesariana. O bebé nasceu saudável com 1,775 quilos.
Este foi o primeiro caso de sucesso que leva já mais de uma década de investigação e pode ser a solução para mulheres com vários tipos de problemas de fertilidade seja por questões genéticas, malformações ou vítimas de cancro. Pode também evitar que se tenha de recorrer a barrigas de aluguer.


Fonte: Público, 04-10-2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Excesso de peso nas crianças

Ficha de Leitura Nº2
Unidade de ensino: Imunidade e Controlo de doenças
Conteúdo/Assunto: Excesso de antibióticos antes dos dois anos traz risco acrescido de obesidade.
Resumo: A obesidade em crianças tem vindo a aumentar devido ao uso excessivo de antibióticos em crianças com menos de 2 anos, ou seja, a percentagem de crianças obesos tem vindo a aumentar deste 2001.
Fonte: Lusa/SAPO Saúde, 30 de setembro de 2014 - 05h01


Administrar antibióticos às crianças com menos de dois anos aumenta o risco de obesidade infantil, mais agravado nos casos em que recebem doses maiores, segundo um estudo publicado segunda-feira.
“Na medida em que a obesidade resulta de múltiplas causas, reduzir a prevalência depende da identificação e controlo de todos os fatores de risco”, explicou Charles Bailey, do hospital pediátrico de Fiadélfia (Pensilvânia), principal autor da investigação publicada no Journal of the Medical American Association (JAMA).
Os investigadores estudaram os dossiês médicos de mais de 64 mil crianças, desde a nascença até aos cinco anos, entre 2001 e 2013, e descobriram que 69% das crianças tinham tomado antibióticos duas ou três vezes antes dos dois anos.
Quatro vezes como teto máximo
A taxa de prevalência de obesidade nas crianças era de 10% aos dois anos, 14% aos três anos e 15% aos quatro anos, enquanto o excesso de peso era de 23% aos dois anos, 30% aos três anos e 33% aos quatro anos.
Os cientistas determinaram que as crianças tratadas com antibióticos quatro ou mais vezes antes dos dois anos corriam um risco ainda maior de obesidade.

domingo, 2 de novembro de 2014

Qualidade da água



Ficha de Leitura Nº1
Unidade de Ensino: Poluição e degradação de recursos
Conteúdo/Assunto: Qualidade da água acima de 98% teve impacto na descida de casos de hepatite
Resumo: A percentagem de água para o consumo humano tem vindo a aumentar muito significamente, em comparação nos últimos 20 anos passados. Devido a isso, os casos de hepatite tem vindo a diminuir.
Fonte: Lusa 24 de setembro de 2014 - 14h12

A qualidade da água para consumo humano continuou acima de 98%, em 2013, uma situação que o presidente da entidade reguladora do setor relaciona com a descida do número de doenças contraídas por via hídrica, nos últimos anos.

O relatório anual sobre o "Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano" foi hoje divulgado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), no âmbito do Congresso Mundial da Água, que decorre em Lisboa até sexta-feira, e revela que os portugueses podem recorrer à torneira "com confiança", ficando os poucos casos de incumprimento no interior.

O documento "vem confirmar o excelente nível de qualidade da água que temos no país, com valores médios acima de 98% o que é um excelente resultado, nomeadamente face aos países desenvolvidos da Europa", disse à agência Lusa o presidente da ERSAR.

Esta situação "tem um impacto na saúde pública e verificamos a evolução de doenças por via hídrica, como a hepatite, à medida que a curva da qualidade da água vai subindo, a curva dos eventos, por exemplo, da hepatite A vem descendo", realçou Jaime Melo Baptista.

Há 20 anos Portugal tinha 50% de água segura, hoje tem mais de 98%, há 20 anos registavam-se mais de 600 casos A por ano e hoje são menos de 10 casos, segundo os números avançados pelo responsável.

A garantia da qualidade da água da rede pública "em qualquer sítio" é igualmente relevante para o turismo, "valoriza a imagem do país, já que os visitantes procuram saber se é seguro beber água da torneira.

"Temos apenas pouco mais de 1% de situações de incumprimento de qualidade da água face aos padrões muito exigentes da legislação comunitária", salientou Jaime Melo Baptista.

A maioria dos casos de incumprimento "têm a ver com parâmetros que não põem em causa a saúde pública, como PH, o ferro ou o manganês, e os restantes, que podem afetar a saúde pública, verdadeiramente não a colocam em risco porque, por lei, são imediatamente detetados, é informada a entidade reguladora e a entidade de saúde e é resolvido o problema de imediato", garantiu o responsável.

O relatório da ERSAR acrescenta que "continua a ser no interior, com maiores carências de recursos humanos, técnicos e financeiros, que se concentram os incumprimentos ocorridos, essencialmente nas pequenas zonas de abastecimento, que servem menos de 5000 habitantes".

No cumprimento dos valores paramétricos, que em 2013 atingiu 98,27%, a ERSAR explica que, nos 1,73% restantes, os incumprimentos mais acentuadas registam-se nas bactérias coliformes e nos enterococos, por ineficiência da desinfeção, o pH, o ferro, o manganês, o alumínio e o arsénio, devido às características hidrogeológicas das origens de água.

A ERSAR continua a destacar, pela evolução positiva, o parâmetro Escherichia coli (E.coli), devido à "melhoria significativa materializada numa percentagem de cumprimento do valor paramétrico superior à média nacional e classificada pelo segundo ano consecutivo como excelente".