domingo, 31 de maio de 2015

Pobreza pode prejudicar desenvolvimento cerebral das crianças

Ficha de leitura nº9

Unidade: Imunidade e controlo de doenças

Assunto: Um estudo revela uma forte associação entre a renda e a educação dos familiares e o desenvolvimento cerebral das crianças. 

Resumo: Filhos de pais mais ricos e mais instruídos têm cérebros maiores e mais habilidades cognitivas do que crianças mais pobres.



Pobreza pode prejudicar desenvolvimento cerebral das crianças

Um estudo publicado no periódico Nature Neuroscience nesta segunda-feira revela uma forte associação entre a renda e a educação dos familiares e o desenvolvimento cerebral das crianças. De acordo com os resultados, filhos de pais mais ricos e mais instruídos têm cérebros maiores e mais habilidades cognitivas do que crianças mais pobres.


Pesquisadores de nove universidades americanas estudaram 1 100 pessoas com idades entre três e vinte anos. Os resultados atestam uma forte correlação entre a renda familiar e o tamanho da área cerebral responsável pelo aprendizado. Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram ressonâncias magnéticas do cérebro e resultados de testes cognitivos dos participantes e relacionaram esses exames a sua situação económico.


Desenvolvimento cerebral - A ressonância mostrou que o cérebro das crianças cujas famílias tinham uma renda menor que 25.000 dólares por ano é cerca de 6% menor, em área da superfície, do que de crianças cujas famílias têm uma renda anual de 150.000 dólares. As regiões mais afetadas foram aquelas responsáveis pela linguagem, leitura, memória, tomada de decisões e habilidades espaciais.


Após eliminar fatores como estrutura do cérebro e ascendência genética, os cientistas atribuíram essa diferença no tamanho da superfície cerebral a fatores diretamente influenciados pela renda, como melhor alimentação adequada, cuidados com a saúde, qualidade do ambiente escolar e outros fatores externos conhecidos por desempenharem um importante papel no desenvolvimento cerebral.


A boa notícia é que, ao melhorar o ambiente de uma criança de renda mais baixa, pode-se diminuir e até mesmo eliminar essa desvantagem, permitindo que o cérebro se desenvolva plenamente.


Simples soluções como melhor a qualidade da merenda escolar, motivação no ensino e programas comunitários direcionados para as crianças enriquecem o ambiente de desenvolvimento e ajudam as conexões cerebrais.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pobreza-pode-prejudicar-desenvolvimento-cerebral-das-criancas-diz-estudo

Cinco alimentos que fortalecem o sistema imunológico/imunitário

Ficha de leitura nº8

Unidade: Imunidade e controlo de doenças

Assunto: Alimentos que tornam o sistema imunitário mais forte

Resumo: Alguns alimentos fortalecem a defesa do organismo para combater doenças e vencer a batalha contra bactérias e vírus. Uma dieta equilibrada que inclua legumes, frutas e outros produtos naturais é a melhor maneira de fornecer ao sistema imunitário vitaminas e minerais que vão o vão fortalecer.


Cinco alimentos que fortalecem o sistema imunológico/imunitário

Uma mudança na alimentação pode ser suficiente para acabar com os resfriados recorrentes. Alguns alimentos fortalecem a defesa do organismo para combater doenças e vencer a batalha contra bactérias e vírus. "Uma dieta equilibrada que inclua legumes, frutas e outros produtos naturais é a melhor maneira de fornecer ao sistema imunológico vitaminas e minerais que vão fortalecê-lo", disse à BBC Emma Williams, da Fundação Britânica de Nutrição.

Aqui está uma lista de cinco alimentos que ajudam a combater os invasores do corpo:

Moluscos
Estes animais marinhos, entre eles mariscos, ostras e lulas, contêm zinco, um componente essencial do sistema imunológico celular.

De acordo com um artigo na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, no corpo humano, quando há uma deficiência deste elemento, as células de defesa (ou linfócitos), que coordenam a resposta imune celular, não funcionam de forma adequada. No entanto, é importante ter em mente que o excesso dessa substância pode inibir o mecanismo de defesa do organismo contra a doença. De acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em Inglês), a quantidade diária recomendada de zinco para as mulheres é entre 4 e 7 miligramas e para homens é entre 5 e 9 mg.

Iogurte
Assim como outros produtos lácteos e fermentados, esse alimento tem probióticos, também conhecidos como "bactérias boas".

São microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, são capazes de regular a resposta do sistema imunológico, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, por sua sigla em Inglês). De acordo com um artigo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, os probióticos têm vários benefícios para os seres humanos, incluindo a prevenção de gripes e resfriados, além de diminuir a gravidade dos sintomas, caso a doença não possa ser completamente evitada. Ainda segundo o mesmo documento, as "bactérias boas" também ajudam a prevenir infecções vaginais, do trato urinário e também a acelerar a recuperação de certas infecções intestinais, como a síndrome do intestino irritável.

Alho
Em testes laboratoriais, os investigadores descobriram que o alho tem propriedades que permitem combater a infecção, as bactérias, vírus e fungos.

Embora mais estudos sejam necessários para determinar os benefícios específicos dessa planta em humanos, uma pesquisa feita nos países do sul da Europa encontrou uma ligação entre a frequência de consumo de alho e cebola e uma redução do risco do desenvolvimento de certos tipos cancro. De acordo com a WebMD, um site americano com informações relacionadas a saúde, o alho tem uma variedade de antioxidantes que ataca os "invasores" do sistema imunológico. "Um de seus alvos é a Helicobacter pylori, uma bactéria associada a algumas úlceras e câncer de estômago."

Cereais
Vários estudos científicos sugerem que a deficiência de vitamina B6 - encontrada na aveia, no germe de trigo e de arroz - diminui a resposta do sistema imunológico.

Um exemplo disso, de acordo com um artigo na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos EUA, é a capacidade das células de amadurecerem e se transformarem em vários tipos de linfócitos. Quantidades moderadas de cereais para complementar o nível de deficiência de vitamina B6 restaura o funcionamento do sistema imunológico. "Grãos (carne, peixe, nozes, queijo e ovos) também têm selênio, que também beneficia o sistema imunológico, diminui as doenças infecciosas em idosos e ajuda na recuperação de crianças com infecções do trato respiratório", Williams explica.
Frutas cítricas
De acordo com um artigo da National Library of Medicine, os resfriados de pessoas que consomem regularmente a vitamina C, presente em frutas cítricas, podem durar menos tempo e os seus sintomas nesses casos são geralmente menos graves. "Em adultos, a duração é reduzida em 8% e em crianças por 13,6%. Estudos têm mostrado que, em pessoas que fazem exercício físico nos meses de inverno ficando exposto ao frio extremo, o consumo de vitamina C reduziu pela metade a chance de ficar resfriado", acrescenta Williams. Deve-se considerar, no entanto, que, uma vez que já se tem a doença, as frutas cítricas não têm efeitos terapêuticos. A vitamina C é importante para a formação da proteína usada na pele, tendões, ligamentos e vasos sanguíneos.


Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/saude/nutricao/cinco-alimentos-que-fortalecem-o-sistema-imunol%C3%B3gico/ar-BBaajIG

O hambúrguer mais caro da história

Ficha de leitura nº 7
Unidade: Sustentabilidade

Assunto: Um simples pedaço de carne picada com 142 gramas... custa 288 mil euros.

Resumo: A "refeição" é o culminar de um projeto do investigador Mark Post, da Universidade de Maastricht, com o objetivo de produzir carne artificial em larga escala, para poupar os recursos naturais. Um hambúrguer de células estaminais gasta muito menos energia e água, além de emitir até 95% menos gases com efeito de estufa (o gado está à frente dos transportes como fonte de emissões).



O hambúrguer mais caro da história
Um simples pedaço de carne picada com 142 gramas, de textura semelhante à da lula e avaliado em... 288 mil euros.

Tudo isto pouco importa: no dia 5 de Agosto de 2013 um restaurante londrino de topo teve o privilégio de cozinhar e servir o primeiro hambúrguer criado a partir de células estaminais (de uma vaca), completamente produzido em laboratório e que, depois de cozinhado pelo chef Richard McGeow, foi provado por Josh Schonwald, autor do livro The Taste of Tomorrow e a cientista alimentar Hanni Rutzler.

A "refeição" é o culminar de um projeto do investigador Mark Post, da Universidade de Maastricht. O objetivo do cientista é produzir carne artificial em larga escala, para poupar os recursos naturais um hambúrguer de células estaminais gasta muito menos energia e água, além de emitir até 95% menos gases com efeito de estufa (o gado está à frente dos transportes como fonte de emissões).

O chef Richard McGeown fritou a iguaria em óleo de girassol e uma noz de manteiga, antes de apresentar o hambúrguer a Josh Schonwald e Hanni Rutzler. Para a cientista alimentar, "está perto da carne", mas esperava uma textura mais macia. Já o autor de The Taste of Tomorrow notou a ausência de gordura, mas considerou que "parece um hambúrguer convencional".



Fonte: http://visao.sapo.pt/o-hamburguer-mais-caro-da-historia=f744324

Pessoas que riem mais tomam menos medicamentos

Ficha de leitura nº 6

Unidade: Imunidade e controlo de doenças

Assunto: Um ataque de riso para além de nos deixar de bom humor, contribui para o bem-estar geral e ajuda-nos a suportar a dor e o stress.

Resumo: Rir é mesmo o melhor remédio - um estudo internacional garante que uma boa gargalhada,  pode funcionar como um fármaco, nomeadamente na ajuda ao combate do stress e da ansiedade.



Pessoas que riem mais tomam menos medicamentos

Um ataque de riso daqueles que nos chegam a deixar com dificuldades em respirar e até com dor de barriga, para além de nos deixar de bom humor, contribui para o bem-estar geral e ajuda-nos a suportar a dor e o stresse. E, se for em companhia de outras pessoas, melhor ainda. Estas são as conclusões de um estudo levado a cabo pelo Institute of Social & Cultural Anthropology (ISCA) da University of Oxford e dão, mais uma vez, razão ao ditado popular que assegura que «rir é o melhor remédio».

O papel das endorfinas
Durante a investigação, os voluntários que visionaram séries como «Friends», «The Simpsons» e espetáculos de comédia ao vivo mostraram um nível de tolerância à dor dez vezes superior aos que tinham assistido a programas sobre natureza ou golfe. A explicação para este facto é puramente física e está associada à libertação de endorfinas, as substâncias analgésicas produzidas pelo cérebro e que têm propriedades semelhantes às da morfina e do ópio.

«Quando a gargalhada é livre e relaxada, o esforço envolvido e a exaustão gerada pelo esvaziamento dos pulmões desencadeia a libertação de endorfinas que se opõem à dor e ao stresse», explica Robin Dunbar, antropólogo evolucionista e líder do estudo.

O investigador britânico acrescenta ainda que já está demonstrado por «outros estudos que quem ri mais após uma cirurgia toma menos medicamentos para as dores». Mas os benefícios do riso não se ficam por aqui. Em agosto de 2011, no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, Michael Miller, cardiologista e professor da University of Maryland Medical Center, também salientou a importância do riso para a saúde cardiovascular.

De acordo com uma investigação que este especialista realizou uns tempos antes, rir incrementa a função imunitária do organismo, ajuda a dilatar os vasos sanguíneos, a baixar a pressão arterial, a reduzir o stresse e até a combater a depressão, prevenindo estados depressivos.

Riso social
Os investigadores de Oxford acreditam que o riso é um mecanismo de socialização, daí que realcem que rir em companhia incrementa os benefícios de uma boa gargalhada. «O riso consegue juntar pequenos grupos de pessoas e somos mais generosos para aqueles com os quais partilhamos gargalhadas», afirma Robin Dunbar.

E, para além disso, como diz o antropólogo, «rimos 30 vezes mais das mesmas coisas quando estamos num grupo do que quando estamos sozinhos». Isto pode ser associado ao facto de, como diz o neurocientista Robert R. Provine, no livro «A Laughter: A Scientific Investigation», o riso ser um mecanismo contagioso e instintivo, que não conseguimos controlar conscientemente.

Como espoletar o riso
O que pode fazer para rir mais todos os dias:
- Estar com os amigos
- Ver filmes, séries, vídeos cómicos e espetáculos de comédia ao vivo
- Praticar yoga do riso


Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/saude/bem-estar/artigos/pessoas-que-riem-tomam-menos-medicamentos

Salvar o clima implica desistir de um terço do petróleo e 80% do carvão

Ficha de leitura nº5


Unidade: Preservação e recuperação do meio ambiente

Assunto: Estudo apresenta contas detalhadas das reservas de combustíveis fósseis que não podem ser utilizadas, de modo a conter o aumento da temperatura global a dois graus Celsius até 2100.


Salvar o clima implica desistir de um terço do petróleo e 80% do carvão

Um terço do petróleo, metade do gás e mais de 80% do carvão existentes nas reservas a nível global têm de ser deixados no subsolo, inexplorados, se o mundo quiser travar o aquecimento do planeta, segundo um estudo científico publicado esta quinta-feira na revista Nature. Realizado por dois investigadores da University College de Londres, o estudo reforça a ideia, que já vem sendo discutida há alguns anos, de que as empresas e os investidores devem olhar com cuidado para as reservas de combustíveis fósseis como activos financeiros.


Não é a primeira vez que se fazem cálculos de quanto petróleo, gás e carvão é possível queimar. Mas os cientistas Christophe McGlade e Paul Ekins apresentam uma análise muito mais detalhada, mostrando o que o pode acontecer à produção de combustíveis fósseis nas diversas regiões do mundo.


As contas globais são relativamente simples. Resultam da diferença entre a quantidade de gases com efeito de estufa que seria libertada se todas as reservas de combustíveis fósseis fossem utilizadas e o máximo que se pode ainda lançar para atmosfera para que a temperatura da Terra não suba acima de dois graus Celsius até ao final do século.


Nas contas do IPCC – o painel científico da ONU para as alterações climáticas – o “orçamento de carbono” que ainda temos para gastar está entre 0,87 e 1,24 biliões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). O estudo na Nature assume um valor intermediário: 1,1 biliões.


Mas as reservas de petróleo, gás e carvão representam 2,9 biliões de toneladas. Se a elas for adicionada a quantidade de combustíveis fósseis que se julga existir no subsolo mas cuja exploração por ora não é economicamente viável, então o número disparar para 11 biliões.


Considerando apenas as reservas exploráveis, o que os investigadores mostram é que uma boa parte não pode ser de facto explorada. No Médio Oriente, onde estão três quintos das reservas mundiais de petróleo, cerca de 38% deveriam ficar onde estão, debaixo da terra. É na mesma região que se concentra quase metade das reservas de gás natural. Segundo os investigadores, 61% não poderão ser explorados.


Para o carvão – o combustível fóssil mais poluente e com mais emissões de CO2 – a situação é potencialmente ainda mais crítica. Nos Estados Unidos, detentores das maiores reservas, 95% estão comprometidas.


A nível global, o mundo não pode contar com 35% das reservas de petróleo, 52% de gás natural e 88% de carvão. Mesmo com a disseminação das tecnologias de captura e armazenamento de carbono – ou seja, recolher o CO2 das chaminés e enterrá-lo no subsolo –, o panorama não se altera muito. Os números ficam em 33%, 49% e 82%.


“Os nossos resultados mostram que o instinto dos decisores políticos de se explorar rápida e completamente os combustíveis fósseis dos seus territórios é, no geral, inconsistente com os seus compromissos para limitar o aumento da temperatura”, concluem os investigadores.


Também incompatível com a meta dos dois graus Celsius, segundo os autores, é a exploração de petróleo no Árctico e a produção não-convencional de combustíveis fósseis – através sobretudo da técnica de fracturação hidráulica (fracking). Ambas são questões polémicas, combatidas arduamente por organizações não-governamentais locais e internacionais. Mas a segunda delas não só já está em marcha, como está a provocar uma autêntica revolução no mercado dos combustíveis fósseis. O fracking promete transformar a curto prazo os Estados Unidos no maior produtor mundial de petróleo e está a empurrar os preços do carvão para baixo no mercado internacional.


O estudo agora publicado adiciona argumentos a campanhas já existentes para desviar os investimentos  dos combustíveis fósseis em favor de alternativas mais sustentáveis. Organizações como a britânica Carbon Tracker têm advogado a existência de uma “bolha carbónica”, que irá rebentar quando as políticas internacionais forçarem os países a reduzirem drasticamente as suas emissões de CO2. Daí que se fale de activos “imobilizáveis”, ou seja, de reservas que nunca poderão ser usadas e por isso não podem ser consideradas como fonte de rendimento no futuro.


Para James Leaton, director da Carbon Tracker, o estudo “é uma advertência para o facto de as companhias terem de justificar gastos de capital em projectos de elevado custo, dado o caminho claro em direcção a uma economia de baixo carbono”.


A preocupação já chegou a algumas instituições financeiras e fundos de investimento, alguns dos quais figuram entre as 181 entidades que já se comprometeram a desinvestir nos combustíveis fósseis. Entre elas está o Rockfeller Brothers Fund, que em Setembro anunciou um processo para materializar esta intenção.



Fonte: http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/temos-de-desistir-de-um-terco-do-petroleo-e-80-do-carvao-para-salvar-o-planeta-1681567
Ficha de Leitura nº9

Unidade: Imunidade e controlo de doenças

Assunto: Resistência às infecções revela evolução em acção

Resumo: As populações de áreas tradicionalmente mais urbanizadas revelam maior capacidade de resistência às infecções, segundo um estudo realizado por cientistas ingleses com amostras de ADN provenientes de 17 comunidades diferentes da Europa, da Ásia e de África.

Para um dos líderes da investigação, este facto mostra a evolução em acção ao longo dos séculos.

Para chegarem a esta conclusão, os cientistas procuraram uma variação genética que confere imunidade contra a tuberculose e a lepra.

Confrontando os dados obtidos com a antiguidade das primeiras cidades de cada região, descobriram que uma correlação positiva: quanto mais antiga a urbanização, mais as populações estão defendidas contra aqueles agentes infecciosos.

A explicação dos investigadores é que as comunidades urbanas tiveram de enfrentar repetidamente aquelas infecções, pelo que a mutação se tornou mais frequente.
Em África, onde os grandes aglomerados são mais raros e/ou mais recentes, essa evolução não se verificou.

http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=140:resistencia-as-infeccoes-revela-evolucao-em-accao&catid=2:noticias&Itemid=76

Toxina letal para peixes é valiosa para a biomedicina



Imunidade Ficha de Leitura nº 4

Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças

Assunto: Toxina letal para peixes é valiosa para a biomedicina

Resumo: AIP56 é uma toxina libertada por uma bactéria que infeta peixes, tem um enorme potencial na medicina: esta esta toxina pode ajudar no tratamento de cancros e doenças inflamatórias.


Uma toxina libertada pela bactéria Photobacterium damselae piscicida, que infecta peixes, tem características promissoras para a biomedicina e a biotecnologia.
A AIP56, hoje descrita num artigo publicado na «PLoS Pathogens» por uma equipa do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), já foi sujeita a pedido de patente e, segundo os autores, a forma como a bactéria ludibria o sistema de defesa dos peixes, poderá ser extrapolada para os humanos, abrindo portas ao desenho de novas terapêuticas e para novos testes laboratoriais. A toxina AIP56 causa eventos dramáticos nos peixes infetados, atuando em células do seu sistema imunológico (macrófagos e neutrófilos) que desempenham uma função essencial na defesa contra organismos invasores. Em consequência, as células são conduzidas a um tipo de morte programada, denominada apoptose. Esta situação culmina na necrose acelerada de alguns órgãos internos, levando à morte dos animais. E será o aproveitamento desta estratégia que os autores propõem para aplicação biomédica. Ao longo dos anos, os investigadores têm-se debruçado sobre esta bactéria numa perspetiva de minimizar o impacto que o agente infecioso tem na produção intensiva de peixe. No entanto, o trabalho agora divulgado segue uma nova abordagem ao tentar tirar proveito do que se conhece sobre a forma de acão da bactéria, e em particular da sua toxina. Esta abordagem vê a AIP56 como potencial ferramenta aplicável quer diretamente à biomedicina quer à investigação. A engenharia natural da toxina AIP56 coloca-a no grupo das designadas toxinas A-B. Isto porque tem dois elementos principais: o A, que atua no interior das células desativando o NF-kB, um factor de transcrição que desempenha um papel central na resposta inflamatória e que inibe a morte celular; e a parte B que funciona como mecanismo de transporte, permitindo que a parte A chegue ao interior das células onde vai atuar sobre o NF-kB. Bactéria ludibria organismos infetados Assim, a bactéria Photobacterium damselae ludibria os organismos infetados, através da toxina AIP56, pelas duas vias: por um lado garante entrada da toxina nas células, por outro impede a activação do NF-kb, evitando o processo inflamatório, conduzindo à morte das células que deveriam destruir a bactéria e defender da infeção. Para Nuno dos Santos, líder do estudo, “a questão está em saber tirar partido da função da toxina e conseguir manipular a sua atuação para nosso benefício”. A história da ciência está repleta de descobertas científicas com contributos importantes para a sociedade que resultaram de “observações inesperadas, muitas vezes de áreas científicas que não estão diretamente relacionadas com a aplicação da descoberta propriamente dita”, adianta o investigador. De facto, a equipa tem-se centrado prioritariamente nos processos de infeção em peixes, de forma a encontrar meios de evitar a propagação de doenças em aquaculturas intensivas e, por isso, muita da investigação que têm efetuado ao longo dos anos resulta de parcerias com empresas para o desenvolvimento de vacinas passíveis de aplicação na aquacultura. Porém, a AIP56, uma das toxinas que têm vindo a estudar nos últimos anos, revela agora um enorme potencial para utilização em saúde humana. Praga para peixes e benefício para humanos Quando questionado sobre as possíveis aplicações, Nuno dos Santos esclarece que “a ativação desregulada do NF-kB está associada a inúmeras situações graves como doenças inflamatórias, doenças auto-imunes e vários tipos de cancro (entre outras)”. Por esse motivo, o NF-kB é um “alvo excelente para tratamento dessas patologias”. Nesta perspetiva a AIP56 tem e um enorme potencial para utilização em medicina, tendo os investigadores feito um pedido de patente para este tipo de utilização da toxina. Contudo, para Nuno dos Santos, “a AIP56, tem mais potencialidades a explorar, já que a parte B poderá vir a ser utilizada para transportar medicamentos para o interior das células, como se fosse um endereço postal”, ideia também já sujeita a pedido de patente. O investigador remata dizendo que “talvez em breve vejamos como uma praga para os peixes poderá ser um benefício para os humanos”.

Fonte: cienciahoje.pt, Março 2013
Ficha de Leitura nº8

Unidade: Imunidade e controlo de doenças

Assunto: Vacinação

Resumo: Apesar de ser crucial para impedir o contágio e de ter eliminado ou controlado a maioria das infecções rebeldes, a vacinação obrigatória ainda suscita polémica.

Evitam mais de dois milhões de mortes todos os anos, eliminaram terríveis doenças, proporcionam imunidade perante vírus indómitos e protegem mesmo aqueles que desconfiam delas. Poder-se-ia dizer o mesmo de qualquer super-herói da ficção científica, mas as vacinas, além de reais, são fruto de anos de investigação científica. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), constituem uma das intervenções mais importantes no âmbito da saúde pública: “Além dos milhões de óbitos anuais que contribuem para evitar, também podem impedir dois milhões de disfunções adicionais em crianças menores de cinco anos”, assegura Alison Brunier, porta-voz para a área de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS.

No entanto, desde finais do século XVIII, quando o médico inglês Edward Jenner criou a primeira vacina contra a varíola, há quem se oponha à aplicação do tratamento preventivo. Entre os opositores, não faltaram (nem faltam) cientistas. É o caso de Andrew Wakefield, um médico britânico que publicou, em 1998, uma investigação recentemente classificada pela revista British Medical Journal (BMJ) como sendo uma esmerada fraude, na qual relacionava a vacina tripla viral (contra o sarampo, a rubéola e a papeira) com o autismo e uma doença gastrointestinal.

http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=662:vacinas-nao-obrigado&catid=3:artigos&Itemid=77
Ficha de Leitura nº 7

Unidade: Património Genético

Assunto: Evolução Genética 

Resumo:Alguns especialistas sugerem que continuamos a ter os mesmos genes dos nossos antepassados do Paleolítico, mas estudos recentes parecem indicar o contrário.

Desde que o Homo sapiens surgiu, há cerca de 50 mil anos, “a seleção natural tornou-se quase irrelevante”, escreveu, há alguns anos, o célebre paleontólogo Stephen Jay Gould (1941–2002). E acrescentava: “Não houve alterações biológicas. Construímos tudo aquilo a que chamamos cultura e civilização com o mesmo corpo e o mesmo cérebro.” Nas páginas do Centro de Psicologia Evolucionista da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, os seus diretores, Leda Cosmides e John Tooby, vão mais longe e, na introdução a este novo ramo da ciência, afirmam: “Os nossos crânios modernos alojam uma mente da Idade da Pedra.”

Ambas as afirmações constituem exemplos de uma noção que tem permeado o campo da antropologia há várias décadas: deixámos de evoluir e continuamos amarrados, tanto biológica como mentalmente, à época em que éramos caçadores-recoletores.

Todavia, diversos cientistas andam empenhados, há pouco mais de cinco anos, em desmontar esta ideia. O seu trabalho não só contesta que tenhamos ficado “ancorados” como declara que mudámos, nos últimos dez mil anos, centenas de vezes mais depressa do que em qualquer período anterior da história da nossa espécie. Há 2000 novas adaptações genéticas que não se restringem às habituais diferenças físicas entre grupos étnicos, como a cor da pele ou dos olhos. As mutações a que se referem estão relacionadas com o cérebro, o sistema digestivo, a esperança de vida, a imunidade a agentes patogénicos, a produção de esperma…

http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1012:estamos-a-acelerar&catid=24:artigos&Itemid=104 

Estudo diz que animal terrestre mais rápido do mundo é um ácaro

Ficha de leitura nº9

Unidade: Biodiversidade e Espécies

Assunto: Ácaro bate o recorde do animal terrestre mais rápido em proporção ao seu tamanho

Resumo: O mundo animal tem um novo recordista de velocidade, segundo um estudo apresentado no domingo, dia 27 de maio de 2014, na reunião científica "Experimental Biology 2014", em San Diego, nos Estados Unidos. O bicho terrestre mais rápido do mundo, aponta a pesquisa, percorre uma distância equivalente a 322 vezes o comprimento do próprio corpo em apenas um segundo.

Notícia: Trata-se do ácaro Paratarsotomus macropalpis. Com o tamanho inferior ao de um grão de gergelim, ele desbancou o antigo recordista mundial: o besouro-tigre australiano, capaz de percorrer 171 vezes seu próprio comprimento em um segundo.
Essa medida diz respeito à velocidade do animal proporcionalmente ao tamanho de seu corpo. Conhecido por sua rapidez, um guepardo que corra a uma velocidade de cerca de 95 km/h, por exemplo, percorre somente 16 vezes seu próprio comprimento por segundo.

Um dos estudantes responsáveis por encontrar esse tipo de ácaro e documentar sua velocidade no hábitat natural foi Samuel Rubin, aluno do Pitzer College, na Califórnia."É muito legal descobrir algo que seja mais rápido que qualquer outra coisa. E apenas imaginar um humano correndo tão rápido, levando em conta seu tamanho, é realmente surpreendente", diz.
Caso o homem tivesse uma velocidade equivalente à da espécie Paratarsotomus macropalpis, levando em conta seu tamanho, ele seria capaz de percorrer mais de 580 metros a cada segundo.
Para Rubin, o estudo sobre como esses aracnídeos conseguem atingir velocidades tão grandes pode inspirar novas tecnologias revolucionárias para a construção de veículos, robôs e outros equipamentos.
Esse tipo de ácaro é natural do sul da Califórnia, onde é comumente encontrado em rochas e calçadas. Para determinar sua velocidade, os cientistas usaram câmeras de alta velocidade no laboratório e também em no ambiente natural dos animais.
"Era muito difícil pegá-los e, quando filmávamos ao ar livre, era preciso segui-los de forma incrivelmente rápida, já que o campo de visão da câmera era de apenas 10 centímetros", conta Rubin.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/noticia24.php

Pesquisadora encontra 'peixe monstro' de 5,4 m nos EUA

 Ficha de Leitura nº8

Unidade: Biodiversidade e Espécies

Assunto: Peixe com 5,4m encontrado por mergulhadora

Resumo: Uma instrutora de ciência marinha levou um susto ao avistar no mar em Los Angeles, na Califórnia, um peixe remo com mais de 5,4 m de comprimento.

Notícia: Jasmine Santana, do Instituto Marinho da Ilha de Catalina (em tradução livre) precisou da ajuda de mais 15 pessoas para conseguir arrastar o peixe para a costa, e a criatura está sendo taxada como “a descoberta de toda uma vida” pelos funcionários do instituto.
O peixe, que normalmente vive a mais de 900 m de profundidade, e faz parte de um grupo de bichos que raramente são estudados, morreu de causas naturais. Amostras de tecido, fotos e vídeos do regaleco foram enviados para biólogos da Universidade da Califórnia. O animal será enterrado na areia até se decompor, para que seu esqueleto seja remontado
A instrutora contou que estava mergulhando quando encontrou o peixe a cerca de 9 m de profundidade. “Eu tenho que arrastar isso ou ninguém vai acreditar em mim”, afirmou Santana, pouco antes de receber a ajuda dos colegas para levar a carcaça à superfície.

 Fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/noticia5.php

Empresa britânica vende planta que dá batatas e tomates

Ficha de leitura nº7
Unidade: Produção de Alimentos e Sustentabilidade
Assunto: Planta que produz batatas e tomates-cereja
Resumo: A empresa britânica Thompson & Morgan lançou uma planta que produz batatas e tomates, chamada Tomtato, o vegetal é capaz de produzir até 500 tomates-cereja “mais doces do que qualquer um que possa ser comprado no supermercado”, além das batatas, nas raízes.

Notícia: O produto, que custa 14,99 libras (cerca de R$ 55) e é mandado pelo correio, é na verdade um enxerto entre um pé de batata e um tomateiro, o que, segundo especialista ouvido pelo G1, não é algo muito difícil de se fazer, já que ambas as plantas são da família das solanáceas. “Isso já foi feito de maneira experimental, mas não de forma comercial”, explica o líder do programa de melhoramento de batatas da Embrapa Clima Temperado, Arione Pereira.

O enxerto consiste em ligar partes de duas plantas, fazendo com que cresçam juntas, algo diferente dos cruzamentos de variedades que dão origem a plantas híbridas, com mistura de material genético. “Não é possível cruzar batata com tomate, portanto o que foi mostrado no vídeo são duas plantas: tomate em cima enxertada em batata, na parte de baixo, e não um híbrido”, explica o professor-titular aposentado da Faculdade de Agronomia da Unesp e consultor do Globo Rural, Chukichi Kurozawa.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/noticia3.php
 

sábado, 30 de maio de 2015

É possível transformar células leucémicas em células de defesa

      Ficha de leitura nº9

   Unidade: Reprodução, Genética e Imunidade

   Resumo: Dia 16 de Março de 2015  foi publicado na revista cientifica "Proceedings of the National Academy of Sciences" por investigadores de Standford. Estes descobriram que pode ser possível forçar o amadurecimento das células leucémicas ao ponto de reprogramar o seu comportamento para que se tornem glóbulos brancos funcionais, ou seja células de defesa. Os investigadores isolaram células leucémicas de um paciente com B-ALL( Leucemia Linfoblástica Aguda De células B), e alimentaram-nas com vários tipos de substâncias, os chamados fatores de crescimento, depois de várias observações chegaram á conclusão que as células cancerígenas estavam a mudar de forma e tamanho, acabando assim por se transformar num tipo de glóbulo branco, chamado macrófago.

   Fonte: https://cientistasdescobriramque.wordpress.com/2015/04/28/e-possivel-transformar-celulas-de-leucemia-humana-em-celulas-de-defesa/

Pessoas com Sindrome de Down são menos susceptíveis a desenvolverem tumores

      Ficha de Leitura nº 8

   Unidade: Reprodução, Genética e Imunidade

   Resumo: No ano de 2012, cientistas publicaram na revista cientifica "The Lancet", dados de 13 anos de pesquisa a respeito da mortalidade de cerca de 18.000 pessoas com síndrome de Down. O estudo em questão mostrou que são mais propensas a alterações cardíacas congénitas, demência e hipotiroidismo, mas que por outro lado têm uma menor tendência a desenvolverem tumores malignos.

   Fonte: https://cientistasdescobriramque.wordpress.com/2015/05/05/pessoas-com-sindrome-de-down-sao-menos-susceptiveis-a-desenvolverem-tumores/

Cientistas eliminam Cancro do Pâncreas em 6 dias

      Ficha de leitura nº7
 
   Unidade: Imunidade e controlo de Doenças

   Resumo:  Cientistas britânicos desenvolveram uma droga que consegue romper a barreira protetora que envolve o tumor do pâncreas, o que permite ao sistema imune atacar e matar as células cancerígenas. "Proteína que envolve o tumor é atacada por células do sistema imunitário."

   Noticia: Testes iniciais do tratamento- que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substancia que potencializa a ação das células de defesa do organismo- resultaram na eliminação quase total do cancro em ratinhos de laboratório em 6 dias. As conclusões forma divulgadas na publicação cientifica americana PNAS. De acordo com a universidade de Cambridge, é primeira vez que se consegue um resultado com esta dimensão.
Segundo os investigadores, o tratamento poderá também ser usado noutros tipos de tumores sólidos- Como o cancro do pulmão ou o cancro do ovário. O cancro do pâncreas, um dos mais letais, é a oitava causa mais comum de morte por cancro no mundo. Afeta homens e mulheres e é mais frequente em pessoas com idades acima dos 60 anos.
  Proteína atacada por células T
O estudo, liderado pelo professor Douglas Fearon, observou que a barreira em volta das células do cancro é formada pela proteína quimiocina CVL12, que é produzida por células especializadas do tecido conjuntivo- responsável por unir e proteger os outros tecidos.
A proteína envolve as células e forma uma espécie de escudo contra as células T- que fazem parte do sistema de defesa do organismo.
O novo tratamento permite que as células T penetrem a proteína CXL12. Desta forma o escudo deixa de funcionar e as células conseguem atacar o tumor. "Ao permitir que o corpo use as suas próprias defesas para atacar o cancro, esta solução tem o potencial de melhorar muito o tratamento de tumores sólidos", disse Fearon. De acordo com a Universidade de Cambridge, ainda não há data para testes clínicos em seres humanos.


 Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/cientistas-eliminam-cancro-do-pancreas-em-ratinhos-em-seis-dias

Alimentos têm resíduo de agrotóxico acima do permitido no País, diz Anvisa

Ficha de Leitura Nº9
Unidade: Produção de alimentos e sustentabilidade
Assunto: Terra teve acesso a relatório que aponta irregularidades em 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% em 2012

Noticia: Relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que boa parte de frutas, legumes e verduras consumidos pelos brasileiros apresenta altas taxas de resíduos de agrotóxico. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), ao qual o Terra teve acesso, mostra que 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras de 2012 apresentaram irregularidades.
A pesquisa estabelece dois tipos de irregularidades, uma quando a amostra contém agrotóxico acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR) permitido e outra quando a amostra apresenta resíduos de agrotóxicos não autorizados para o alimento pesquisado. Das amostras insatisfatórias, cerca de 30% se referem a agrotóxicos que estão sendo reavaliados pela Anvisa.
A Anvisa analisou 3.293 amostras de 13 alimentos monitorados: abacaxi, alface, arroz, cenoura, feijão, laranja, maçã, mamão, morango, pepino, pimentão, tomate e uva. A escolha dos alimentos baseou-se nos dados de consumo obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade destes alimentos nos supermercados no Distrito Federal e nos Estados e no perfil de uso de agrotóxicos nestes alimentos.
De acordo com a Anvisa, pelo menos dois agrotóxicos que nunca foram registrados no Brasil foram detectados nas amostras: o azaconazol e o tebufempirade. "Isto sugere que os produtos podem ter entrado no Brasil por contrabando", diz a agência.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/noticia10.php

Detectados 26 casos de câncer de tireoide em crianças de Fukushima

Ficha de leitura nº 8
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Assunto: Detectados 26 casos de câncer de tireoide em crianças de Fukushima
Resumo: Outros 32 menores de idade da cidade apresentaram sintomas da doença.
Ainda é cedo para saber se casos estão relacionados a acidente nuclear.
A OMS afirma que crianças da região tem risco mais alto de desenolverem câncer de tireoide.

Noticia: Os últimos exames médicos detectaram 26 casos de crianças com câncer de tireoide na cidade de Fukushima, no Japão, embora seja cedo para saber se estão relacionados com a crise nuclear.
O comitê encarregado de realizar os testes regulares em Fukushima analisou, desde outubro de 2011 até o momento, cerca de 226 mil moradores na região, segundo informou nesta quinta-feira (dia 14) o jornal "Japan Times".
Além dos casos de câncer de tireoide já diagnosticados, outros 32 menores de idade da cidade apresentaram sintomas da doença. O número é superior ao apresentado em agosto, quando o estudo detectou até 18 casos de crianças diagnosticadas com a doença e outros 25 casos suspeitos.
Um grupo de especialistas locais disse que é breve demais para determinar que estes casos estejam ligados à catástrofe nuclear, visto que o câncer de tireoide se desenvolve com "grande lentidão".
O iodo radioativo tende a se acumular nas glândulas da tireoide provocando a doença, que afeta especialmente crianças pequenas.
O número de crianças afetadas por câncer de tireoide entre os 10 e 14 anos em Fukushima é consideravelmente maior que o da média do país, embora esses dados não sejam facilmente comparáveis porque não foi feito nenhum estudo tão exaustivo em outras áreas do Japão.
Após o desastre de Chernobyl foram diagnosticados mais de 6 mil casos de crianças com câncer da tireoide, atribuído principalmente ao consumo de leite contaminado, de acordo com o Comitê Científico das Nações Unidas.
Fukushima ampliará o número de pessoas que participarão do próximo estudo, que será realizado em abril do ano que vem a fim de examinar a saúde das pessoas nascidas depois do tsunami do dia 11 de março de 2011.

Emissão de gases-estufa deve passar limite ideal até 2020, alerta ONU

Ficha de leitura nº 7
Unidade: Preservar e recuperar o meio ambiente
Assunto: Nível de emissões será até 12 bi toneladas de gases maior que o ideal. ONU pede que países lutem para desacelerar aquecimento.

Resumo: As emissões de gases do efeito-estufa em 2020 serão entre 8 e 12 bilhões de toneladas a mais do que o nível necessário para manter o aquecimento global em apenas 2º C e evitar uma grave mudança climática, estimou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

Noticia: O relatório anual do Programa nas Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) analisou as atuais promessas de países para reduzir as emissões, e se seriam suficientes.
O estudo constatou a diferença de 8 a 12 bilhões de toneladas por ano a partir da análise das promessas feitas por governos e reduções necessárias que os cientistas estimam para 2020, com intuito de evitar os efeitos potencialmente devastadores do aquecimento global. A estimativa foi pouco diferente do levantamento de 8-13 bilhões do ano passado.
É "cada vez mais difícil" manter o rumo para limitar os aumentos de temperatura, e a ação global é necessária para acabar com a diferença de emissões, diz o relatório. Em 2010, os países concordaram em agir para limitar o aumento de temperatura, mas muitos não conseguiram fazer as reduções de emissão para respaldar as promessas.
Representantes de mais de 190 países vão se reunir em Varsóvia, na Polônia, na próxima semana para uma conferência da ONU para discutir cortes de emissões sob um novo pacto climático, que será assinado até 2015, mas que só entrará em vigor em 2020.
Cientistas disseram que as emissões anuais não poderiam ser de mais de cerca de 44 bilhões de toneladas (gigatoneladas) por ano até 2020 para ter uma boa chance de limitar o aumento geral da temperatura a menos de 2º C.
As emissões totais globais de gases que provocam o efeito-estufa em 2010 já são de 50,1 gigatoneladas, destacando a escala da tarefa adiante. "Ação adiada significa uma taxa maior de mudança climática no curto prazo e provavelmente impactos climáticos no curto prazo, assim como o uso continuado de infraestrutura intensiva de energia e intensiva de carbono", disse o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, em comunicado.
Estudos mostraram que as emissões poderiam ser reduzidas em 14-20 gigatoneladas/ano a um custo de até 100 dólares por tonelada de dióxido de carbono equivalente se as promessas fossem mais ambiciosas e expandidas para incluir todos os países e mais indústrias, dizia o relatório.
O relatório cita o aumento da eficiência energética, energia renovável, melhorias nas práticas agrícolas e a reforma de subsídios ao combustível fóssil como maneiras de diminuir as emissões.
"Conforme seguimos para Varsóvia para a última rodada de negociações climáticas, há uma necessidade real de aumento da ambição por todos os países: ambição que pode levar os países mais rápido e mais longe na direção de resolver as lacunas das emissões e de um futuro sustentável para todos", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Básica das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, no comunicado.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/noticia8.php

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Herpes e Câncer de pele

Ficha de leitura nº 9
Unidade: Imunidade e controlo de doenças
Assunto: Cientistas usam vírus da herpes para curar câncer de pele
Resumo: Uma versão geneticamente modificada do vírus que causa herpes pode curar câncer de pele, de acordo com pesquisadores. O vírus da herpes modificado é inofensivo para células normais mas, quando injectado em tumores, se replica e liberta substâncias que ajudam a combater o câncer.


Notícia:Resultados de testes divulgados na publicação científica Journal of Clinical Oncology mostram que a terapia pode aumentar a sobrevivência dos pacientes por anos - mas apenas para alguns portadores de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. O tratamento ainda não foi licenciado. "Quando o vírus da herpes infecta uma célula ele cresce dentro dela e a faz explodir, infectando as células ao redor. Por isso a ferida, são as células morrendo na sua pele", explica Richard Marais, do Cancer Research UK.

Eles modificaram o vírus de três maneiras. Primeiro, fizeram com que parasse de causar herpes. Segundo, fizeram com que crescesse apenas nas células cancerígenas. Por último, fizeram ele ser atraente para o sistema imunológico. Por isso, quando injetado em um tumor, ele mata o tumor e ativa o sistema imunológico, que caça outros tumores para matá-los, conclui.Para ele, a técnica poderá ser usada, no futuro, para combater outros tipos de câncer.Tratamentos semelhantes de imunoterapia para melanoma já estão disponíveis nos Estados Unidos e na Europa, mas os pesquisadores acreditam que o vírus modificado, conhecido como T-Vec, poderia se somar a isso. Seria também o primeiro tratamento para melanoma que usa um vírus.
O estudo é o maior teste aleatório de um vírus anticâncer e envolveu 436 pacientes de 64 centros nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e África do Sul que tinham melanomas malignos inoperáveis.Há um crescente entusiasmo com o uso de tratamentos virais como T-Vec para o câncer, porque eles podem lançar um ataque duplo nos tumores - matando células cancerígenas diretamente e colocando o sistema imunológico contra elas", diz o coordenador dos testes no Reino Unido, Kevin Harrington, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres.E, como o tratamento viral pode ter como alvo células cancerígenas especificamente, há uma tendência a ter menos efeitos colaterais que a quimioterapia tradicional ou algumas das novas imunoterapias."
Mais pesquisaEstudos anteriores mostraram que o T-Vec poderia beneficiar algumas pessoas com câncer de pele avançado, mas este é o primeiro estudo a provar um aumento de sobrevivência", disse Hayley Frend, gerente de ciência da informação do Cancer Research UK. O próximo passo vai ser entender por que apenas alguns pacientes respondem ao tratamento com T-Vec, para ajudar a identificar quais pacientes poderiam se beneficiar disso", diz.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil (25% dos casos), o melanoma - que é mais grave, devido à possibilidade de metástase - representa 4% dos tumores malignos de pele. Os riscos de desenvolver câncer de pele aumentam com a exposição a raios UV.


Fonte: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=999&tit=Herpes-e-Cancer-de-pele

Planta dormideira 'aprende' e tem 'memória', afirma estudo

Ficha de leitura nº 8 
Unidade: A biologia e os desafios da actualidade 
Assunto:Biólogos demonstraram que a espécie 'Mimosa pudica', conhecida como dormideira ou não-me-toques, é capaz de responder a estímulos de aprendizado.
Resumo: Conversar com plantas pode não ser em vão. Segundo biólogos da University of Western Austrália, uma espécie vegetal não só tem 'memória', como se lembra do que aconteceu durante um longo tempo. O estudo, publicado na edição de janeiro da revista Oecologia, demonstra como as plantas são capazes de aprender e de recordar o aprendizado semanas depois.


Notícia: Para provar essa tese, a bióloga Monica Gagliano e outros três cientistas usaram a espécie Mimosa pudica, originária das américas Central e do Sul e conhecida no Brasil pelo nome de não-me-toques ou dormideira. Quando tocadas, suas folhas se fecham rapidamente, uma estratégia natural de defesa contra predadores. A equipe criou um mecanismo para submeter as plantas a choques que não ofereciam ameaça a sua integridade. Suspensas sobre uma base de espuma, os vasos de dormideira caíam de uma altura de 15 centímetros, deslizando sobre um trilho. O objetivo era descobrir se as folhas poderiam ser treinadas a ignorar o estímulo - lembrando-se de que a queda não oferecia risco algum.
No primeiro choque, as dormideiras fechavam suas folhas e repetiam o gesto em uma mesma queda oito horas depois. Os biólogos então submeteram um grupo de 56 plantas a uma série de 60 quedas, distantes poucos segundos entre elas, repetidas sete vezes em um dia. As folhas habituaram-se ao estímulo, mantendo-as abertas depois de quatro ou seis quedas. Para checar se as folhas não estariam apenas em estado de fadiga, os cientistas um experimentaram um tipo de choque diferente. As folhas se fecharam.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/plantas-aprendem-e-tem-memoria-afirma-estudo

Chegou a era dos transumanos

Ficha de leitura nº7

Unidade: Reprodução,Genética e Imunidade
Assunto: embrião com 'três pais', aprovada na Grã-Bretanha
ResumoDecisão da Grã-Bretanha de permitir a geração de embriões com DNAs de três pessoas é saudada pelos defensores do transumanismo, que propõem romper os limites impostos ao homem por sua biologia

Notícia: No dia 24 de fevereiro, o legislativo britânico aprovou uma lei permitindo a geração de embriões com DNA de três pessoas diferentes. O objetivo é deixar que mães com mutações maléficas em seu DNA mitocondrial não as transmitam para o filho. Segundo a lei, durante a reprodução assistida, essa parte de seu genoma poderá ser substituída pelo de uma doadora, gerando uma criança saudável. Assim, a Grã-Bretanha se tornou o primeiro país a permitir a manipulação genética em células germinais humanas.
Apesar do objetivo puramente médico, a decisão está sendo saudada por alguns pesquisadores como um estágio importante de um longo percurso que pode trazer consequências radicais para a ciência e a humanidade. São os defensores do transumanismo, que propõem a aplicação dos avanços obtidos em áreas chaves da ciência, como a genética, a nanotecnologia e a neurociência, para romper os limites impostos ao homem por seu próprio corpo biológico. "A Grã-Bretanha também foi o primeiro país a introduzir a fertilização in vitro em 1979. Essa decisão é apenas outro passo desse processo", diz o filósofo Steve Fuller, professor da Universidade de Warwick, na Inglaterra. Ele é autor dos livrosHumanidade 2.0 e O Imperativo Proativo (inéditos em português), nos quais se propõe a estabelecer as bases teóricas e filosóficas para o transumanismo.
O objetivo desse movimento é utilizar a ciência para aumentar as capacidades físicas, intelectuais e até emocionais dos seres humanos. Ele busca, no limite, estender a vida humana indefinidamente, extirpando dela todo tipo de sofrimento. Os transumanistas defendem, por exemplo, a manipulação genética de embriões para eliminar doenças e escolher características vantajosas para os filhos, a criação de implantes neurais que permitam a interação com computadores pelo pensamento, e o uso de drogas capazes de manipular o cérebro humano, melhorando sua cognição, memória, concentração e humor.
"Mesmo que esses projetos pareçam vindos da ficção científica, eles podem ser encarados como soluções a longo prazo para problemas atuais. Temos visto, por exemplo, investimentos  cada vez maiores em projetos que pretendem estender o nosso tempo de vida", diz Fuller.




Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/chegou-a-era-dos-transhumanos

CIENTISTAS DESCOBREM PROTEÍNA QUE MATA QUALQUER CANCRO OU VÍRUS

Ficha de Leitura nº9

Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças

Assunto: Descoberta de proteína capaz de combater qualquer cancro ou vírus.

Resumo: Cientistas britânicos descobriram uma proteína, ''LEM'',  capaz de combater todo o tipo de cancros ou vírus através do fortalecimento do sistema imunitário. A equipa está agora a desenvolver uma terapia genética em laboratório, com o intuito de avançar para ensaios em humanos em 2018.

Noticia
As experiências feitas pelos investigadores do Imperial College London, no Reino Unido, com células humanas e de ratinhos demonstraram que a proteína "LEM", sigla em inglês para "Lymphocyte Expansion Molecule", consegue promover a proliferação de células T citotóxicas, que matam células cancerígenas e células infetadas com vírus.

Contudo, estas células não são capazes de se multiplicar em quantidade suficiente para combater a doença, uma realidade que no entanto pode mudar com a proteína LEM.


Nas experiências com ratinhos, a equipa identificou um conjunto de modelos animais capazes de produzir dez vezes mais células T citotóxicas na presença de uma infeção causada por um vírus do que os normais, conseguindo suprimi-la com maior eficácia.

De acordo com o comunicado do Imperial College London, o organismo destes animais produzia, também, uma maior quantidade de um segundo tipo de células T, as chamadas células de memória, que facilitam o reconhecimento de futuras infeções, acelerando assim a resposta do sistema imune.

Com base nesta descoberta, os cientistas estão, neste momento, a trabalhar em uma nova terapia genética para fortalecer o sistema imunitário através do aumento da produção daquela proteína, que será testada em ratinhos e que poderá ser alvo de ensaios em humanos em 2018.

"As células cancerígenas conseguem anular a atividade das células T, o que lhes permite escapar ao sistema imunitário. Ao introduzir uma versão ativa do gene LEM nas células T dos pacientes com cancro, esperamos conseguir proporcionar aos pacientes um tratamento robusto", explica Philip Ashton-Rickardt, principal autor do estudo e investigador do departamento de imunobiologia e medicina daquela universidade britânica.


Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/cientistas-descobrem-proteina-que-mata-qualquer-cancro-ou-virus?artigo-completo=sim

sábado, 23 de maio de 2015

Operação inédita. São João reverte menopausa a mulher de 28 anos

Ficha nº9

Unidade: Reprodução Humana

Assunto: Mulher de 28 anos operada com sucesso devido a menopausa precoce.

Resumo:Operação inédita no Hospital S.João faz com que mulher de 28 anos que sofria de menopausa precoce voltasse a ter os ciclos menstruais.


A doente entrou em estado de menopausa aos 19 anos. Agora com 28, tem uma função ovárica normal, graças a uma operação inédita em Portugal, e poderá mesmo um dia vir a engravidar.

O Hospital de São João, no Porto, comprovou o sucesso da primeira operação realizada em Portugal de reposição de tecido dos ovários numa mulher que ficara em menopausa aos 19 anos. A cirurgia pioneira devolveu a função ovárica a uma pessoa que, devido a uma doença, tivera que retirar os ovários em 2006.

A operação de reposição dos ovários teve lugar em janeiro, e a doente já teve três ovulações no tempo previsto. "Queríamos ter prova cabal de que ela tinha retomado os seus ciclos ovulatórios", contou ao DN Nuno Montenegro, diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do S. João.

O médico explicou ao DN que a operação é pioneira em Portugal. Foi a primeira vez que uma operação assim se realizou no país, e a confirmação do seu sucesso torna-a um de apenas algumas dezenas de transplantes semelhantes a nível mundial.

Quando os ovários da doente foram retirados em 2006, os médicos decidiram criopreservar os tecidos saudáveis. A doente entrou num estado de menopausa precoce, o que a obrigou a terapia hormonal de substituição. Nove anos depois, a cirurgia permitiu-lhe sair da menopausa, retomar os seus ciclos ovulatórios normais, e ter hormonas femininas circulantes. Agora, é mesmo possível encarar a possibilidade de uma gravidez, no futuro.

"Isso vai sempre depender da vontade da mulher", sublinha Nuno Montenegro, que acrescenta que a grande vitória da cirurgia, devolver as plenas capacidades ovulatórias a uma mulher que passou nove anos sem elas, já foi conseguida. "Mas estão reunidas as condições para esta mulher poder vir a ter uma estimulação ovárica e poder um dia ter uma gravidez".

Nuno Montenegro está certo de que o sucesso desta cirurgia "é uma porta que se abre" para muitas mulheres. Dá o exemplo de mulheres que, após o diagnóstico de um cancro, tenham que ser sujeitas a um tratamento agressivo como a quimioterapia. "Se estão em idade fértil e têm no seu projeto de vida a expectativa de um dia virem a ser mães", conta o médico, a criopreservação do tecido ovário saudável e a sua reimplantação posterior pode ajudar a garantir que isso seja possível.

Não foi por acaso que a cirurgia inédita em Portugal teve lugar no Hospital de São João. Trata-se do centro público de reprodução medicamente assistida no país que mais ciclos de reprodução faz por ano, conta Nuno Montenegro, e o único que faz o diagnóstico de doenças genéticas antes da implantação de embriões. "É um serviço que tem um histórico e massa crítica que lhe permite aceitar novos desafios", conta o diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do S. João, que integra a equipa do Serviço de Medicina de Reprodução do hospital.

Fonte: Diário de Notícias

Cientista descobre forma de detetar cancro sem biópsia



Ficha Leitura nº8

Unidade: Imunidade e controlo de doenças

Assunto:Uma cientista brasileira descobriu um método para detetar cancro antes do aparecimento dos sintomas e que dispensa a realização de uma biópsia.

Resumo: Cienteista brasileira, Priscila Kosaka, desenvolveu um método menos invasivo para detetar células cancerígenas que utiliza um nano-sensor - "dez milhões de vezes mais eficaz" do que os exames tradicionais realizados em amostras de sangue dos pacientes.

   Priscila Kosaka, de 35 anos, investigadora do Instituto de Microeletrónica de Madrid há seis anos, desenvolveu um método menos invasivo para detetar células cancerígenas que utiliza um nano-sensor - "dez milhões de vezes mais eficaz" do que os exames tradicionais realizados em amostras de sangue dos pacientes.
O sensor, com anticorpos na superfície, é como um "trampolim muito pequenininho" e quando em contacto com uma amostra de sangue de uma pessoa com cancro "captura" a partícula diferente e fica mais pesado, explicou a investigadora, citada pelo portal de notícias brasileiro G1.


Outras componentes associadas à técnica fazem também com que se verifique uma mudança de cor das células, sinalizando a presença de um tumor maligno.

"Atualmente não existe nenhuma técnica que permita a deteção de moléculas que estão em concentrações muito baixas e que coexistam com mais de 10 mil espécies de proteínas numa única bio-amostra", explicou Priscila Kosaka, sublinhando que atualmente nenhum método permite encontrar a "agulha no palheiro'".

"Portanto, existe uma necessidade de tecnologias capazes de registar moléculas individuais na presença de outras moléculas muito mais abundantes e o nano-sensor que desenvolvi é capaz de fazer isso", sublinhou.

De acordo com a cientista, novos estudos podem fazer com que o nano-sensor possa ser melhorado no sentido de identificar o tipo de células cancerígenas detetadas na amostra (gastrointestinal ou do pâncreas, por exemplo).

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que anualmente são detetados em todo o mundo 21,4 milhões de casos de cancro.

Fonte : JornalNoticias

quinta-feira, 14 de maio de 2015

"Música clássica modula os genes responsáveis por funções cerebrais"

Ficha Leitura nº7



Unidade: Hereditariedade

Assunto: A influência da música nos genes cerebrais

Resumo: A música clássica forma de controlar os genes responsáveis pelo funcionamento cerebral.

          Embora ouvir música seja comum à todas as sociedades, os determinantes biológicos de ouvir música são, em sua maioria, desconhecidos, não obstante as pesquisas em torno do Efeito Mozart, que por vezes indicaram resultados negativos. De acordo com um novo estudo, ouvir música clássica aumentou a atividade de genes envolvidos na secreção e transporte de dopamina, neurotransmissão sináptica, aprendizagem, memória, e regulação dos genes que envolvem a neuro degeneração. 
      Vários dos genes regulados são conhecidos por serem responsáveis pela aprendizagem de canto em canoras, sugerindo uma base evolutiva comum de percepção do som em várias espécies. Escutar música é uma complexa função cognitiva do cérebro humano, que é conhecida por induzir várias alterações neuronais e fisiológicas. No entanto, o fundo molecular subjacente dos efeitos de ouvir música é em grande parte desconhecido. Um grupo de estudo finlandês investigou como ouvir música clássica afetou a expressão gênica de participantes musicalmente experientes assim como dos inexperientes. Todos os participantes ouviram o concerto para violino de W.A. Mozart Nº 3, G-maior, K. 216, que dura 20 minutos. Genes afetados pela música Um dos genes que mais foi regulado, sinucleína-alfa (SNCA) é um gene de risco conhecido por ter relação com a doença de Parkinson, que está localizado na região com mais vinculo à aptidão musical. SNCA também é responsável por contribuir para a aprendizagem do canto em pássaros canoros.           “O aumento da regulação de vários genes que são conhecidos por serem responsáveis pela aprendizagem do canto em pássaros canoros sugerem uma base evolutiva compartilhada da percepção dos sons entre aves que são capazes de vocalização e seres humanos”, diz Dr. Irma Järvelä, líder do estudo. Em contraste, ao ouvir a música genes que estão associados com a neuro degeneração foram regulados para baixo, referindo-se a um papel neuro protetor da música. 
               “O efeito foi apenas detectável nos participantes musicalmente experientes, o que sugere a importância da familiaridade e experiência mediante os efeitos induzidos pela música”, dizem os pesquisadores. Os resultados dão novas informações sobre a base genética molecular de percepção musical e sua evolução, e pode dar mais insights sobre os mecanismos moleculares subjacentes à musicoterapia. 



quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sarampo causa "amnésia imunológica" por até três anos

Ficha de Leitura nº8

Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças

Assunto: Estudo conclui que o vírus do sarampo pode comprometer o sistema imunológico das crianças até um período de três anos.

Resumo: Cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, concluem que o vírus do sarampo afeta o sistema imunológico das crianças até um período de três anos, ficando estas susceptíveis a contrair outras doenças que lhes poderão ser mortais.

Noticia: 
Já se sabia que o vírus do sarampo abala o sistema imunológico das crianças temporariamente, deixando-as expostas ao contágio de outras doenças oportunistas. Até agora, os cientistas acreditavam que essa vulnerabilidade se estendia por um ou dois meses após a infecção. Mas um novo estudo mostra que o sarampo pode enfraquecer as defesas do organismo das crianças por até três anos - deixando-as altamente suscetíveis a outras doenças mortais ao longo desse tempo. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Princeton (Estados Unidos), será publicado nesta sexta-feira, 8, na revista Science.

Com base nas conclusões do artigo, os autores afirmam que a vacinação contra o sarampo não oferece proteção apenas contra o vírus dessa doença, mas também impede que diversas outras doenças infecciosas tirem proveito do enfraquecimento do sistema imunológico causado por ela. De acordo com eles, a descoberta ajuda a explicar porque as campanhas de vacinação contra o sarampo têm impedido muito mais mortes do que se previa.

"O sarampo acaba aumentando a predisposição das pessoas às doenças mais prevalentes na população. Na maior parte, são infecções respiratórias bacterianas, como a pneumonia, a sepse, a bronquite e a bronquiolite. Mas o sarampo também abre caminho, em menor número, para doenças como diarreia e disenteria", disse ao Estado o autor principal do artigo, Michael Mina, da Universidade Emory, que participou do estudo como pesquisador pós-doutorando em Princeton.

Segundo Mina, o estudo apresenta provas epidemiológicas de que o sarampo leva o organismo, por longo tempo, a um estado de "amnésia imunológica". As células de memória do sistema imunológico - capazes de identificar as partículas infecciosas que já tiveram contato com o organismo - são parcialmente exterminadas.

"Já sabíamos que o sarampo ataca a memória imunológica - e que a doença enfraquece o sistema imunológico por algum tempo. Mas esse artigo sugere que a supressão imunológica dura muito mais do que se suspeitava", disse uma das autoras do estudo, Jessica Metcalf, professora de Ecologia e Biologia Evolutiva de Princeton. "Em outras palavras, se você pegar sarampo, ao longo de três anos você poderia morrer de algo que não seria capaz de matá-lo sem a infecção por sarampo", afirmou ela.

De acordo com Mina, a descoberta sugere que a vacinação contra o sarampo traz benefícios bem maiores que a proteção contra a própria doença. "É uma das intervenções com melhor custo benefício para a saúde global", disse ele sobre as campanhas de vacinação.

Segundo Mina, o estudo foi motivado por uma pesquisa feita por Rik de Swart, da Universidade Erasmus (Holanda), que encontrou profundas associações entre sarampo e esgotamento de células de memória. O trabalho holandês demonstrava que o vírus do sarampo ataca linfócitos T - células fundamentais para a "memória imunológica" -, gerando um estado de "amnésia imunológica". Depois de cerca de um mês, essas células de memória voltavam a agir, mas, em vez de proteger contra as infecções memorizadas anteriormente, ficavam direcionadas exclusivamente contra o sarampo.

A partir dessa informação, Mina e sua equipe levantaram uma hipótese: se a amnésia imunológica de fato ocorre por causa do sarampo, isso deveria ficar evidente ao examinar dados populacionais - e examinando esse tipo de dado, seria possível dizer em quanto tempo o sistema imunológico se recupera depois do sarampo.

Assim, os cientistas examinaram dados populacionais detalhados dos Estados Unidos, Inglaterra, País de Gales e Dinamarca - os únicos países onde havia estudos com todas as variáveis necessárias para a análise. Eles estudaram a mortalidade entre crianças de um a nove anos, na Europa, e de um a 14 anos, nos Estados Unidos, em épocas anteriores e posteriores às vacinações.

As análises revelaram uma correlação muito forte entre a incidência de sarampo e as mortes por outras doenças em um período de cerca de 28 meses depois da infecção. A conclusão se aplicava a todos os grupos etários nos três países, antes e depois dos períodos de vacinação.

"Agora também queremos analisar o impacto de longo prazo da 'amnésia imunológica' na morbidade e na doença. E precisamos explorar as consequências das nossas conclusões para os países com poucos recursos, onde o sarampo causa uma mortalidade muito mais imediata", afirmou Mina.


Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1339773/sarampo-causa-amnesia-imunologica-por-ate-tres-anos



«Vírus limpa águas contaminadas sem fazer mal aos homens»

Ficha de Leitura nº7

Unidade: Imunidade e Controlo de Doenças/Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

Assunto: Nova técnica, desenvolvida pela Universidade de Aveiro, consegue descontaminar águas usando um vírus  inofensivo para o  Homem.

Resumo: Investigadores do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro desenvolvem nova técnica de descontaminação das águas das pisciculturas, recorrendo a fagos (vírus inofensivos ao Homem) e não a químicos e antibióticos. Estes vírus conseguem eliminar as bactérias contaminantes, descontaminando a água, promovendo uma diminuição do risco para a saúde pública.

Noticia: 

Até agora, o que se fazia não era bonito de se ver. Para descontaminar as águas das pisciculturas era preciso lançar doses e doses de químicos e antibióticos. Toda essa poluição pode ter os dias contados. Há nova técnica desenvolvida pelos investigadores do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, que consegue eliminar as bactérias usando um vírus,  inofensivo para os homens.

A terapia fágica – assim se chama o novo método por utilizar os fagos, vírus que destroem apenas bactérias e que são inócuos para os humanos – reduz mil vezes mais o número de bactérias presentes na água e faz decrescer substancialmente o impacto ambiental e os riscos para a saúde pública derivados da utilização massiva de outros descontaminantes.

“Face à importância da aquacultura para compensar a redução das populações piscícolas naturais e com vista a diminuir as perdas económicas devidas às infecções bacterianas comuns nessa actividade, desenvolvemos um novo procedimento para descontaminar as águas piscícolas”, explica Adelaide Almeida, coordenadora deste trabalho.

Embora a vacinação seja o método ideal para impedir infecções, ressalva a bióloga, “as vacinas disponíveis são ainda limitadas e podem ainda ser pouco activas nas primeiras fases de vida dos peixes, quando o sistema imunitário ainda não está totalmente desenvolvido”. Por outro lado, avisa a bióloga, a administração de antibióticos (quimioterapia) apesar de ser geralmente eficaz, pode levar, através do seu uso frequente ao desenvolvimento de resistências, que “fatalmente acabam por se transmitir aos microrganismos que infectam os seres humanos”. O relatório da Organização Mundial de Saúde de 2013 estima inclusivamente que nenhum dos antibióticos actualmente em uso será eficaz dentro de cinco anos.

Há portanto uma “necessidade urgente” de medidas inovadoras e eficazes no combate a estas infecções, alerta a investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Academia de Aveiro. Por outro lado, de um modo geral, acrescenta Adelaide Almeida, ainda se vê o peixe proveniente de aquacultura como um produto de qualidade inferior ao peixe selvagem, o que é associado muitas vezes à presença de antibióticos. E a utilização alternativa da terapia fágica pode levar à alteração do comportamento dos consumidores relativamente ao consumo de peixe produzido em aquacultura, com vantagens evidentes para essas empresas, defendem os biólogos da Universidade de Aveiro.


Fonte: http://www.ionline.pt/270634


Células estaminais podem originar cancro

Ficha de leitura nº9

Unidade: Imunidade e controlo de doenças 


Assunto: Desenvolvido novo estudo que indica que células estaminais podem originar cancro.


Resumo: Uma mutação nas células estaminais pode conduzir à existência de um cancro, segundo um estudo desenvolvido pelo investigador português Dinis Calado. Este tema vai ser discutido numa convenção que se vai realizar na Universidade do Porto, em que se vai avaliar o comportamento das células estaminais de modo a perceber como é que essas células quando cancerígenas, podem ser retiradas.

Noticia: O investigador português Dinis Calado, do Francis Crick Institute, no Reino Unido, diz que as células estaminais podem sofrer mutações e originar vários tipos de cancro.

"Vários tipos de cancro têm origem nestas células, que por si só não têm uma capacidade proliferativa muito grande, mas que, devido a mutações que poderão ocorrer, perdem essa restrição e acabam por proliferar muito. O tumor é constituído por vários tipos de células e dentro desses grupos de células existirão algumas que têm uma capacidade percussora do tumor", explicou à Lusa o investigador.

Dinis Calado falava, esta quinta-feira, no âmbito do Porto Cancer Meeting, a decorrer até sexta-feira, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), sobre o tema "Células Estaminais e o Cancro".

"Tentar perceber como é que células estaminais normais funcionam talvez ajude a perceber como é que essas células cancerígenas que poderão ter características de células estaminais nos tumores poderão ser eliminadas. E, assim, fazer com que os tratamentos sejam mais eficazes", sublinhou.

Dinis Calado desenvolve investigação na área da genética em ratinhos, no The Francis Crick Institute.
"Tentamos modelar doenças cancerosas do foro sanguíneo, tais como leucemia e linfomas. Fazemos uma comparação de tumores entre espécies para tentar encontrar mutações que são conservadas de forma evolutiva. Apesar de sermos muito diferentes dos ratinhos, como é óbvio, a formação de cancros tem mutações que são idênticas. Às vezes, o que acontece em tumores humanos é que há muitas mutações e não sabemos quais as que devemos estudar. Então, uma comparação entre espécies diferentes poderá ajudar-nos a priorizar quais as mutações a estudar", explicou.

Com o tema "Células Estaminais e o Cancro", a XXIII edição do Porto Cancer Meeting reúne especialistas portugueses na área a trabalhar em centros de investigação nacionais, investigadores portugueses que estão no estrangeiro em centros de referência nesta matéria e ainda especialistas estrangeiros vindos de todo o mundo.

O principal objetivo é "conseguir juntar, num ambiente informal, vivo e cientificamente dinâmico, investigadores, estudantes e todos os que trabalham em cancro na discussão à volta de um tema chave do cancro. Aliás, tem sido hábito do Porto Cancer Meeting promover, durante e após a reunião, a interação entre grupos, criando as condições para novas colaborações, ou seja, aumentar as parcerias de investigação e a mobilidade de estudantes", salienta a organização.

Este ano, as comunicações centram-se na relevância das células e das características estaminais no cancro para a progressão tumoral, nomeadamente a sua agressividade, heterogeneidade e resistência à terapia.
Até sexta-feira, estarão reunidos no Auditório do Ipatimup, mais de 150 profissionais da área do cancro.

Fonte: Jornal de Notícias


Concentração recorde de dióxido de carbono na atmosfera

Ficha de leitura nº8

Unidade: Preservar e recuperar o meio ambiente

Assunto: Elevada concentração de gases poluentes na atmosfera.

Resumo: A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atingiu um nível recorde em Março (400 ppm), mais um sinal evidente do aquecimento global. Esta questão tem sido alvo de discussões, mas para começar a diminuir as emissões de CO2, seria preciso reduzir em 80% o uso de combustíveis fósseis.

Noticia: Em março, a concentração mundial média mensal do CO2 na atmosfera ultrapassou pela primeira vez o patamar das 400 partes por milhão (ppm).
A concentração de CO2 na atmosfera é medida em termos de partes por milhão, isto é, quantas moléculas de CO2 existem por milhão de moléculas de ar seco, ou seja, depois de o vapor de água ter sido removido.
"Isto era uma questão de tempo", sublinhou o principal cientista encarregado do acompanhamento dos gases com efeito de estufa na agência norte-americana para os Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em Inglês), Pieter Tans.
Especificou que as estações de medida da agência já tinham sinalizado a ultrapassagem das 400 ppm no Ártico, na primavera de 2012, e no Havai, em 2013.
Agora, "atingir o patamar das 400 ppm no conjunto do mundo é significativo", considerou o cientista.
O aquecimento global, resultantes dos gases com efeito de estufa, vai estar no centro da conferência que a Organização das Nações Unidas está a preparar para Paris, em dezembro.
A reunião deve conduzir a um acordo vinculativo para mais de 190 países na luta contra o aquecimento global do planeta para o limitar a dois graus centígrados em relação à era industrial.
Até à revolução industrial do século XIX e ao recurso massivo às energias fósseis, a taxa de CO2 na atmosfera não terá ultrapassado as 300 ppm durante pelo menos 800 mil anos, segundo os estudos feitos no gelo polar.
"Isto mostra que a combustão do carvão e do petróleo causou um aumento em mais de 120 ppm as concentrações de CO2 desde a era pré-industrial, metade da qual desde 1980", pormenorizou Pieter Tans.
A Agência Internacional de Energia anunciou em 13 de março que o aumento das emissões mundiais de CO2, provenientes da combustão de energias fósseis, tinha sido interrompido em 2014, quando estabilizou no nível de 2013.
Mas estabilizar a taxa de emissões de gases com efeito de estufa é insuficiente para impedir as alterações climáticas, sublinhou Tans.
Segundo James Butler, um dirigente da NOAA, "seria preciso eliminar cerca de 80% das emissões de CO2 provenientes da combustão de combustíveis fósseis para realmente parar aumento de CO2 na atmosfera".
Mas, explicou, "as concentrações de dióxido de carbono não vão começar a diminuir antes de reduções mais drásticas do CO2 e, mesmo depois, a diminuição as concentrações vai ser lenta".
Os dados da NOAA mostram com efeito que a taxa média de aumento das concentrações do CO2 na atmosfera tem sido de 2,25 ppm por ano de 2012 a 2014, ou seja, o nível mais elevado alguma vez registado em três anos consecutivos.
Sinal de que a tendência continua a ser de subida, o observatório da NOAA no Havai, em Mauna Loa, continuou a medir uma taxa superior a 400 ppm em abril. Este observatório, que data de 1958 e é a mais antiga estação de medida do mundo, registou uma taxa de CO2 de 401,3 ppm, quando em 2013 o limite das 400 ppm só foi superado em dois dias.

Fonte: Jornal de Noticias